ADSE propõe subida de preços das consultas

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Nova tabela de preços que a ADSE propõe entra em vigor em janeiro e implicará que beneficiários paguem mais entre 1,01 e 1,51 euros por consulta.

A ADSE quer aumentar a tabelas dos preços das consultas de clínica geral e da especialidade. O novo preçário implicará um acréscimo do valor pago pelos beneficiários (funcionários públicos e pensionistas) de 1,51 e de 1,01 euros, respetivamente. A proposta vai ainda ser discutida neste novo órgão e poderá ainda sofrer alterações.

Na proposta que foi enviada ao Conselho Superior e de Supervisão, a que o Dinheiro Vivo teve acesso, o organismo liderado por Carlos Liberato refere que a atualização do valor das consultas será rondará os 38,31% no caso das consultas de clínica geral e de 8,34% nas de especialidade, o que permitirá harmonizar para 20 euros o preço com a rede do regime convencionado.

A proposta avança também com uma revisão das tabelas dos tratamentos e próteses de medicina dentária. Mas neste caso, assinala o documento, não é possível comparar os preços já que a nova tabela acrescenta um conjugo de atos de medicina dentária que não constam da tabela que está em vigor. Ainda assim, o acréscimo dos encargos para o beneficiário e para a ADSE deverá rondar os 25%.

O objetivo do Conselho Diretivo da ADSE é que a nova tabela de preços com os médicos e clínicas que têm convenções com a ADSE comece a ser aplicada 1 de janeiro de 2018, mas os valores agora propostos poderão ainda não ser os finais. Os representantes dos trabalhadores receberam com alguma reservas a proposta, nomeadamente a parte que implicará um acréscimo dos encargos por parte dos beneficiários.

“Não temos nada contra a revisão das tabelas, mas não aceitamos que se peça aos beneficiários para pagarem mais, quando já descontam todos os meses 3,5% para a ADSE”m, precisou ao Dinheiro Vivo José Abraão, secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública, que apoiou a candidatura de João Proença para um Conselho Geral e de Supervisão.

Lucília Tiago
Ler mais em: Dinheiro Vivo 27.10.2017