CARTA ABERTA AO PRIMEIRO-MINISTRO DE PORTUGAL E DE TODOS OS PORTUGUESES

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Os Pensionistas e Reformados, fruto de anos de trabalho mealheiro/reserva para a velhice, exprimem o mais veemente repúdio pelo conteúdo do seu discurso em Agosto p.p., no Pontal.

Ofensivo para a dignidade de homens e de mulheres, que o Primeiro-Ministro de Portugal, e até então, de todos os Portugueses, dividiu, atirando Pensionistas, Reformados e Jovens contra os que auferem mais de 1000€/mês, ferindo de morte a coesão social, indo ao extremo de dividir os Pensionistas em Ricos – os que ganham mais de 1000€/mês – e em Pobres os que ganham menos! Ao que disse, 14% são Ricos! 86% são Pobres! As Pensões e Reformas são o resultado calculado pela Segurança Social, no quadro dos descontos efectuados. Já em várias ocasiões o Primeiro-Ministro de Portugal referiu a existência de Pensões e Reformas que não correspondem aos descontos efectuados! Sendo a Segurança Social um órgão do Estado/pessoa de bem, o Primeiro-Ministro de Portugal está obrigado a esclarecer os Portugueses da veracidade das suas afirmações! Considerando que pôs em causa a Segurança Social, pessoa de bem! “À mulher de César não lhe basta ser séria….”
Ordene à Segurança Social que diga quem são esses e que, a ser verdade, corrija essas Pensões e Reformas, colocando-as em linha com os descontos realmente efectuados.

No seu discurso referiu “os jovens sacrificados”, numa alusão clara aos 14% interrogou “E os outros?” No contexto da taxa de sustentabilidade que o T.C. recusou…
Ao referir os jovens, o Primeiro-Ministro esqueceu que são a geração mais bem qualificada de sempre! E que não se deixam arregimentar, enganar! Porquê? Porque estão frontalmente contra as malfeitorias de que são alvos preferenciais os Pensionistas e Reformados, consubstanciadas nos cortes das Pensões do C.C.C. – Complemento de Cônjuge a Cargo, da C.E.S. – Contribuição Extraordinária de Solidariedade, etc., etc.
Esqueceu ao dizer “Vamos ganhar as Eleições” que já tinha dito “Que se lixem as Eleições”!
Não ganhará as Eleições com os votos dos Jovens, dos Pensionistas e Reformados, pais e avós a quem o Primeiro-Ministro de Portugal retirou valores que, de direito, lhes pertenciam – esses votos não contarão para a “sua vitória”.
Até porque, “na porta ao lado”, a duas vozes, está dada como certa a reposição de todos os valores abusivamente retirados…
Sabe por que razão os Jovens estão contra? Não sabe…
É que os Pensionistas e Reformados que, perante o seu quadro familiar dos pais desempregados, são os avós que os sustentam, alimentam, pagam as propinas, ajudam em todas as despesas… com o rendimento das suas Pensões! Legítimas! Sagradas! O C.C.C. existiu até Janeiro de 2013, desde o deferimento das Pensões e Reformas! A C.E.S. é uma falácia, pois nenhum Pensionista ou Reformado se solidarizou, uma vez que, ser solidário é um acto de vontade de quem o pratica! Neste caso, trata-se uma “solidariedade” imposta!
Todos os Pensionistas e Reformados estão para sempre gratos aos Primeiros-Ministros e Presidentes da República que, respeitando as suas funções, nas quais tem extraordinário enfoque a melhoria das condições de vida dos Portugueses, aumentaram as Pensões e Reformas de 1989 até 2010, o que perfez um aumento total de 113.87%! Se o Primeiro-Ministro de Portugal está contra estes aumentos, deve questionar os Primeiros-Ministros e Presidentes da República sobre “com que direito deram aqueles aumentos”!
Desde 2010 que não mais as Pensões e Reformas foram objecto de aumento! No período supra citado, sobre as Pensões e Reformas fora do Regime Geral, a percentagem de aumentos foi bem maior.
Ao Primeiro-Ministro de Portugal exigimos que não mexa nunca mais nas Pensões e Reformas! Que reponha o que cortou nas Pensões e Reformas, como o Complemento de Cônjuge a Cargo e a Contribuição Extraordinária de Solidariedade.
Sabe, quando duas pessoas conversam, cada uma pode ser mais inteligente que a outra. E em Portugal existem milhares de pessoas inteligentes!
No quadro das Poupanças do Estado, sugerimos que às parcerias público-privadas sejam alargados os prazos, diminuindo o valor das prestações. Sugerimos que a P.S.P. passe a andar a pé, próximo das pessoas, como o nome indica “Polícia de Segurança Pública”, poupando desse modo centenas de milhões de Euros/Ano. Melhorando as condições de vida dos Portugueses!
Citamos Somerset Maugham – Escritor Inglês, séc. XX
“É um grande aborrecimento a Sabedoria só poder ser alcançada através de trabalho árduo”
O que quererá dizer que quem nunca trabalhou arduamente, não alcançou… a Sabedoria!

José Carlos Soares Correia
j.carlos.s.correia@gmail.com”