Portugueses já pagam mais impostos que a média da OCDE

32

Quem vive nos países desenvolvidos paga cada vez mais impostos e os portugueses não são exceção. Mas pela primeira vez, em 2015, ficámos acima da média.

Portugal ultrapassou, em 2015, pela primeira vez desde que existem registos (1965), a média da receita do Estado com impostos nos países desenvolvidos registada pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). A conta é feita num relatório divulgado esta quarta-feira sobre as receitas dos Estados que conclui que nunca se cobraram tantos impostos no mundo.

As economias desenvolvidas já tinham atingido um recorde em 2014 na cobrança de impostos, mas em 2015 foi atingido um novo máximo: em média, 34,3% da riqueza produzida nos 34 países da OCDE vai para os Estados através de impostos.

Uma subida motivada, em grande parte, pelo aumento das taxas sobre o trabalho e o consumo. No entanto, as diferenças entre países são enormes.

Com 46,6% do Produto Interno Bruto (PIB), a Dinamarca, com a França (45,5%) e a Bélgica (44,8%) por perto, são os países onde se paga mais impostos. Do outro lado, Irlanda (23,6%), Chile (20,7%) e México (17,4%) são onde se paga menos.

Portugal fica meio da tabela: entre 34 países, é o 16º onde se pagam mais impostos. Contudo, em 2015, pela primeira vez, ultrapassou, mesmo que ligeiramente (+0,2 pontos percentuais), a média dos países desenvolvidos. Da riqueza que se cria em Portugal (o PIB), os impostos ficaram com 34,5%.

Nuno Guedes